Uma lagarta sentia-se sozinha, andando de folha em folha, aguardando se encontrar no mundo. Numa tarde chuvosa, após muito rastejar, a lagarta solitária encontrou abrigo no galho fino de uma árvore frondosa. Agarrou-se com força e lá ficou esperando o estio. Paradinha a lagarta ficou até que em sono profundo caiu. Não soube dizer por quanto tempo, mas quando acordou, sentiu-se presa. Estava enclausurada dentro de si. Estava com muito medo. Uma voz que vinha de dentro de seu peito disse-lhe que se acalmasse que tudo ficaria bem. A lagarta adormeceu. Tempos depois estava revigorada e teve ímpetos de se soltar. Fez muita força e conseguiu sair do casulo que a prendia e qual não foi sua surpresa ao notar duas lindas asas pretas e amarelas desenhadas presas às suas costas. Um emaranhado de ramificações que a tornavam bela e única. Naquele mesmo dia esticou suas novas asas e voou, descobrindo um novo mundo e novos amigos. Voou sem rumo. Esperando por aventuras soment...