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Mostrando postagens de 2017
Fogos de artifício
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O que você está esperando? A cada momento longe de mim Só me faz desejar mais sua presença Um misto de ansiedade e indiferença Algo que extrapola os sentidos Vai além do que desejo para hoje Segue em frente ao futuro Como se desprendesse de mim Estou enlouquecendo pela sua falta Me ame como sempre fez Me beije como no passado Faça de mim seu brinquedo E me leve de volta para a inocência Seja mais que o tudo para mim Faça com que em seus braços O seu calor apenas me derreta Não sou feita de pedra de gelo Sou quente como seus lábios Sou aquela que num lampejo Ao seu lado explodirei como fogos de desejos. Guacira Maffra 10/10/2017
Desprezo
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Enroscado no desejo Embalado pela vida Meus sonhos se misturam A sua asa partida. A claridade do céu Longe dos olhos Meu coração esfria A alma arrependida. Mas não desejo solidão. Quero seu corpo Mergulhado ao meu Numa entrega total. Tolo fui ao não ver Seu desprezo batendo Em um compasso Desesperado sem te ter.
Malhação
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Vesti a regata de volta no corpo suado, não saberia dizer se o cheiro que meu corpo exalava fosse melhor do que o dos outros caras ao meu redor. Mas aquele lugar fechado, com pouca ventilação externa, apenas com o cheiro filtrado do ar condicionado, não tinha o melhor dos aromas. Talvez o perfume vencido de dezenas de desodorantes. Eu podia entender o porquê da ausência de mulheres na ala dos aparelhos de musculação. Nem todas tinham rinite e talvez não estivessem vacinadas contra o cheiro fétido masculino. Fiquei ali discorrendo com meus músculos sobre aquele lugar, onde os caras paravam para admirar quantos milímetros seus músculos cresceram do dia anterior para aquele momento, tirando selfie no espelho, pensando que talvez eu estivesse melhor servido de companhia feminina numa balada e não enfiado numa academia cheia de machos soltando gases fétidos devido ao excesso de shakes proteicos em seus squizes. De canto de olho, através do espelho, tive um vislumbre. Durou apenas alguns s
Pipoca
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Pipoca Tem cheiro de manteiga De canela De chocolate De infância. Tem gosto de sabores De cinema De amizade De amores. Quando sinto saudades, Não importa de quê, Estouro uma pipoca. Surgem Lágrimas ao olhos Sorriso no rosto... Tem cheiro de nostalgia No ar De magia De todos os sabores. Pipoca não importa Se na panela Se no microondas Se dentro do cinema Se tem gosto de fraternidade Tem pipoca da saudade.
Borboleta
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Não importa a cor da pele Do cabelo, dos olhos Não importa o formato do corpo Se sou gorda Magra Esquelética Redonda ou quadrada. Não importa se meu cabelo É sarará, platinado Ou sem pêlo Não importa para que time torço Se sou São Paulo, sou Corinthians Ou Z eiro Não importa se gosto de meninos Ou meninas Ou as escolhas que faço O que importa é que não me disfarço Não importa a ninguém quem sou Apenas a mim cabem minhas escolhas O que importa é o que carrego Dentro do peito. Nada mais. E que os outros se explodam. No país das diferenças A desigualdade permeia Estou acostumada com as piadas Com a gritaria e a risada Já senti muita raiva De não ser aceita como sou Hoje me olho no espelho E procuro pelo feitiço Que se quebrou Ainda sou a mesma por dentro O pacote foi o que mudou Mas o que vale de verdade É quem por dentro sou. Saí do casulo, Passei pela transformação Hoje sou borboleta, com orgulho, Branca, rosada, descabelada… O que importa é quem
Casulo
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Casulo Vivo me escondendo Dentro das paredes fechadas Em um casulo enclausurada. Por vontade própria, Me fechei em mim mesma Me puni e a ninguém mais. Perdi parte das alegrias Que a liberdade traz. Mas hoje, tento me soltar Viver a vida fora do claustro Que me privou da felicidade Faço força para me desprender Para que minhas asas se livrem Da opressão que a mim causei Pelas péssimas escolhas. Vou me transformar naquela Que espelha os desejos Do meu coração fechado. Libertado… 07/10/2017
Sou eu
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Sou eu Sou professora formada Odiada Atormentada Sofrida… Sou mulher adulta Indulra Sepulta Acolhida… Sou mãe dedicada Abnegada Amada Redimida… Sou tudo, não sou nada. Uma folha de papel Em branco Pautado Com linhas… Uma caneta sem tinta Falhando Colorida Várias tintas… Sou uma profusão de ideias De sentimentos De pensamentos De desejos… Mas sou tudo, e não sou nada. Sou aquela folha voando Na brisa de pensamentos Tumultuosos Cheios do desprezo.
Caixinha de surpresa
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A vida é uma caixinha de surpresas. Temos tudo como certo num dia, no outro, a vida desce ladeira abaixo. Tenho descoberto que todas as vezes que digo algo como nunca aconteceu comigo, pumba, acontece! Em 2015, minha amiga quebrou o dedo da mão. Eu disse apenas: nunca quebrei um osso sequer! Então, pumba! Halter de cinco quilos no dedo do pé, durante treino da academia. Três semanas com o pé imobilizado. Essa semana, ao passar com a equipe do médico cirurgião, disse apenas: não vomitei nenhuma vez desde que fiz a gastroplastia. E pumba! Na mesma noite as dores no abdômen começaram e vomitei dois dias depois. Será que é o destino? Será que sou sensitiva e de alguma forma estou prevendo o por vir? Ou será que sou um ímã para o desastre das verdades absolutas? Na verdade, não sei. O que sei é que estou presa num hospital, aguardando um leito para que eu seja internada. Jejum total até curar uma pancreatite aguda e depois cirurgia com a equipe do gastro, de novo. mais uma de minha
Balada 2
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Bom dia, gente! O conto a seguir foi escrito durante o Exercício #9 do mini curso que fiz de escrita criativa. É uma continuação do conto Balada. Espero que gostem. Balada 2 Gisele abriu os olhos e levou um tempo para se localizar. Estava zonza. Lembrou-se do bar dançante, da companhia das amigas, de estar na porta do local guardando o papel no bolso com o número do telefone do cara com quem curtira a noite passada. Olhou em volta, mas não reconheceu o quarto da amiga Marcela. Algo não se encaixava. Sentou-se na cama. A cabeça latejava. Apoiou a mão na lateral da cabeça e pressionou com força para amenizar a dor, em vão. Os lençóis da cama de casal estavam desarrumados, um cheiro forte no ar. Algo como roupa suja e excesso de água sanitária. Uma fresta mínima da janela aberta. A poeira bailando às suas vistas. O lençol caiu em seu colo e o ar fresco da manhã fez com que percebesse que estava nua. Nem sinal das roupas usadas na noite anterior. Um vazio lhe apertou o estômag
Balada
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Bom dia! Texto produzido para o curso DR2. Durante algumas semanas participei de um pequeno curso onde precisei produzir alguns textos. Este de hoje eu escrevi numa das atividades. Espero que gostem, Balada Aniversário de dezoito anos. A liberdade finalmente chegou! Festa badalada num bar dançante. Marcela passou o dia olhando o relógio de pulso. Uma passada no shopping Interlagos para comprar uma blusa nova com a amiga. Sorvete de casquinha, torta de morango. Entrou em várias lojas em busca da roupa perfeita que a transformaria numa deusa tupiniquim. Uma ida no salão para alisar as mechas de cabelo já lisas. Olhou para Gisele em busca de afirmação. Será que a blusa nova combinaria com a calça jeans skinny que ganhou de aniversário? Durante horas vigiou o horário. A amiga passaria a noite a seu lado tanto no bar como em sua casa. Jantaram com a família. Depois, tomaram banho e se arrumaram para a celebração. Um clima de excitação no ar. Gisele não conhecia aquele ba
Necessidade
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Necessidade ♡♡♡♡♡♡♡ Te admiro tanto Que o espelho se quebra Através do reflexo que vejo. Te desejo tanto Que a boca seca Sedenta de teus beijos. Te amo tanto Que não me considero Merecedora de teu apreço. E de te admirar tanto E de te desejar tanto E de te amar tanto Me esqueço de quem sou E me deixo levar Pela necessidade de teu amor. ♡♡♡♡♡♡♡
Janela Eterna
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Bom dia! Hoje trouxe um poema produzido em 2010 durante um curso proporcionado para professores pela Secretaria Estadual do Estado de São Paulo. Ele foi inspirando numa boneca Bebezinho da Estrela que tenho desde os meus oito anos de idade. Anos depois, publiquei-o pela CBJE. Espero que gostem! Janela Eterna Sentada ao lado da janela Janela, palavra linda Janela é o bater das asas Da borboleta amarela No colo, seu bebê Tão pequena, Tão frágil, Desejada, Tão bela... Com seu vestidinho rosa Bordado de lã, Com laço rosa no cabelo Tânia jaz tranquila, Serena, Amada, Singela... Sua primeira filha Companheira de muitas aventuras Ao lado da janela aberta Céu azul claro Nuvens brancas dançando Acima dela... Seu primeiro amor Sempre juntas a vi
Solidão
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Solidão O céu sem estrelas O azul desbotado No bolso uma certeza: O sorriso desmanchado. A noite começa Num ritmo acelerado Na cabeça a insegurança De não estar ao meu lado. As nuvens algodão doce De um cinza poluído A vontade de felicidade Longe do ser vivido. O barulho dos carros A agitação da rotina Meu coração acelerado Se fazendo de buzina. A vida que passa Num momento vinte Dali a pouco trinta Hoje quarenta… Os sonhos desfalecendo Num ritmo acelerado Os sonhos de amor Pela aceleração apagados. E eu aqui parada Segurando a incerteza Com força na mão direita Já não estou mais preocupada. Sou apenas a solidão Em mim enjaulada. Guacira Maffra 01/05/2017
Poesia intimista
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A angústia me consome. Não sei de onde vem. É um fantasma me assombrando os dias e as noites. De dentro de mim, uma parte que sofre sem ver o fim. Apenas as incertezas, o desconhecido, a incógnita de meu sofrimento. A poesia, minha companheira, minha vida, aplaca a dor, não cura, me deixa num limbo onde vejo as coisas em suspenso. O sofrimento fazendo cócegas, não se sabe de onde vem. Todos os dias, me levanto cedo, entro na rotina. A algazarra, os gritos, a correria, a falta de atenção, tudo se acumulando para aumentar a depressão de mais um dia de trabalho, mais um sopro de fôlego. Desistir nunca! Sou cabeça dura demais, para nos meus sonhos voltar atrás. Sonhos que, aos poucos, pesadelos se tornaram, e uma tortura que agora faz parte da vida. Queria desistir, viver de escrita, mas e quem paga as contas? Não se come papel. As contas voam pela porta. Observação: escrevi este texto para publicar no grupo do Facebook da preparação para o romance #
Paisagem
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Bom dia, gente! Trabalhei com meus alunos o poema "Retrato", da Cecília Meireles e não resisti: acabei fazendo minha releitura desse poema. Espero que gostem. Paisagem Ela não tinha esse céu assim de hoje, assim cinza, assim branco, assim triste nem a imensidão de sujeira, nem o excesso de poluição. Ela não tinha estes rios tão sujos, tão sem vida, tão destruídos. Ela não tinha animais raros que já se foram. Ela não deu por sua mudança, tão rápida, tão cruel, tão incômoda. Em que mundo foi parar a beleza desse lugar? Guacira Maffra
Quadrinhas
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Escrever pode ser uma grande brincadeira. Adoro brincar com palavras. Misturar letras, caçar palavras. Transformar palavras soltas em frases, embaralhá-las e virar poesia. Assim, criei as quadrinhas a seguir. Espero que gostem, Vamos fazer um trato? Se no meu dedo colocar um aro, me agarro a sua mão e do seu lado não saio. Sinto-me tão má ao ver distante no céu uma torta estrela que contra o destino rema. Aquele que se nota entregue à própria sorte no pensamento bússola se torna no destino, norte.
Microcontos
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Espero que gostem dos microcontos a seguir: Destino Desesperada aguardou, trancafiada em sua mente. Que as palavras voassem. A escolha feita, sem poder voltar atrás. O que não tem jeito, bem feito está. Eternidade A Lua alta no céu anunciava que a noite já começara há muitas horas. Acordou para mais uma noite. Sugaria. Seria sugada. Rotina vampiresca. Lá fora, o lobo, desesperado, uivava. Lua cheia. Céu repleto de estrelas. No peito apenas o desejo de ter escolhido outro destino. Guacira G. Maffra