Resenha Fahrenheit 451

O que dizer de um livro que mostra um mundo distópico onde ler livros ou manter livros em sua casa é proibido? E que a função de um bombeiro é a de queimar livros e não apagar incêndios? Pois esse é o plot inicial do livro: um bombeiro que de repente começa a perceber a insignificância de sua vida e que busca, nos livros, um caminho  para preencher esse sentimento de vazio, que procura por alguma coisa que nem ele compreende o que falta.
Montag é esse bombeiro por volta dos trinta anos, casado com Mildred, uma mulher vazia e que vive às voltas com sua ilusão presa às telas.  Um dia à noite, após o trabalho, ele conhece a filha do vizinho, uma menina de dezessete anos chamada Clarisse e que é chamada de maluca, pois gosta de pensar e fazer perguntas e não se interessa por como as coisas são feitas, mas por que essas coisas são feitas. A partir daí, Montag começa a questionar a sua própria vida e seu trabalho, deixando de ver sentido naquela tarefa.
Gostei muito do livro, principalmente, da linguagem fluida e envolvente e de ver como um escritor da década de 1950 imaginaria o futuro. Há diversas partes sobre isso bem interessantes. Mas eu me identifiquei muito foi com o personagem que não quer abrir mão dos livros. Não consigo ver minha vida sem livros ao meu redor e se estivesse vivendo naquele mundo distópico, com certeza, seria uma transgressora e teria de viver fugindo, me escondendo, fosse pela minha profissão (professora) ou mesmo pelo meu apego aos livros. Só não curti muito o final, pois achei muito aberto e gosto de finais fechados. Mas recomendo muito a leitura desse clássico!

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha O caso da borboleta Atíria

Resenha A Terra dos meninos pelados

Olho grande