Poesia intimista
A angústia me consome.
Não sei de onde vem.
É um fantasma me assombrando
os dias e as noites.
De dentro de mim, uma parte que sofre
sem ver o fim.
Apenas as incertezas,
o desconhecido,
a incógnita de meu sofrimento.
A poesia, minha companheira,
minha vida,
aplaca a dor, não cura,
me deixa num limbo
onde vejo as coisas em suspenso.
O sofrimento fazendo cócegas,
não se sabe de onde vem.
Todos os dias,
me levanto cedo,
entro na rotina.
A algazarra,
os gritos,
a correria,
a falta de atenção,
tudo se acumulando
para aumentar a depressão
de mais um dia de trabalho,
mais um sopro de fôlego.
Desistir nunca!
Sou cabeça dura demais,
para nos meus sonhos voltar atrás.
Sonhos que, aos poucos,
pesadelos se tornaram,
e uma tortura
que agora faz parte da vida.
Queria desistir,
viver de escrita,
mas e quem paga as contas?
Não se come papel.
As contas voam pela porta.
Observação: escrevi este texto para publicar no grupo do Facebook da preparação para o romance #2.