A noite de terror de Bianca

Bom dia! 
Como não podia faltar em meu blog, aqui estarão publicados alguns de meus contos também.
Este conto foi publicado originalmente na Câmara Brasileira do Jovem escritor. 
Fiz uma merecida revisão. Espero que gostem!

A Noite de Terror de Bianca

Tudo começou como uma noite normal, após um fim de tarde no colégio. Bianca aguardava por seu pai mais uma noite. O estômago roncava. A ansiedade era muita. Bianca tinha apenas dez anos de idade, estudava no quinto ano e esperava sozinha.
Já tinha feito a sua lição de casa e todas as crianças da escola haviam ido embora. Começou a sentir vontade de ir ao banheiro. Seu corpo todo tremia, estava toda arrepiada de frio, pois esquecera sua blusa em casa. A noite ficava cada vez mais sombria na secretaria da escola. Os corredores escuros não permitiam a passagem de nenhum vislumbre de luz. Mas a vontade de ir ao banheiro era tamanha que precisou arriscar uma ida, no escuro mesmo,  pois não alcançava o interruptor para acender a luz.
Andou o mais rápido que pôde sem cair.
Ao entrar no banheiro escuro, ouviu passos atrás de si. Virou-se e nada viu. Fez suas necessidades bem depressa, pois a vontade era tanta que quase fez na calcinha. Os passos continuaram. Um após o outro:
Toc, toc, toc...
Ficou assustada, afinal não havia ninguém com ela. Deu a descarga uma vez e nada. Parecia que estava com defeito.
Tentou de novo e nada.
Na terceira tentativa conseguiu fazer com que seus detritos fossem pela privada, porém quando se virou, o espanto! Atrás dela, com um longo vestido branco, a pele cadavérica, uma mulher, com cabelos loiros compridos e uma cara assustadora a fitava nos olhos.
Bianca gritou, gritou, no entanto ninguém podia ouvi-la.
Aquela bruxa, que todos chamavam de Loira Burra do banheiro, era assustadora demais!  Não era uma fantasia. Era a verdade. Ela existia mesmo! Tentou sair de perto daquela aberração, seu corpo comprimido contra a parede pegajosa do banheiro, gritava por socorro, mas em vão, ninguém estava por perto para ouvi-la. O desespero era grande demais para Bianca.
Seu corpo estremeceu de medo ao sentir sua garganta se fechando, enquanto os longos dedos gelados a comprimiam...
Acordou assustada, gritando, protegida em sua cama. Olhou ao redor e viu sua irmã, que dormia tranquilamente, na cama ao lado.

No corpo, uma sensação quentinha. Quando levantou as cobertas, percebeu que o terror apenas começara, pois tudo não passara de mais um sonho molhado e sua mãe logo a aguardaria com o chinelo na mão na porta do quarto.

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