Grande sertão: veredas

O que dizer de uma leitura tão consagrada e difícil? O livro é um diálogo entre o narrador (Riobaldo) e alguém que não se tem certeza de quem seja, talvez um homem da cidade, alguém mais jovem, ou uma pessoa que não conhece as dificuldades de se viver no sertão. Riobaldo foi jagunço, estudou, não teve pai (apenas um padrinho) e viveu no meio do sertão e de suas veredas (rios, caminhos). Ele é um homem dividido, controverso, não se decide sobre a existência de Deus e do diabo, não sabe se quer essa vida de jagunço ou se deseja ser líder. Seu coração também é dividido entre o amor por Otacília (e outras mulheres que conheceu pelas veredas da vida) e Diadorin, um jagunço lindo, conhecido por Reinaldo. Nessa história temos conhecimento dos pensamentos dele por Diadorin e do seu desejo pelo rapaz, no entanto, ele nunca cogitou a hipótese de se declarar.
Riobaldo conta suas aventuras na jagunçagem e o desejo de vingança. Mas, por ele, talvez fosse melhor ter abandonado tudo e voltado para sua terra com Diadorin, mas este deseja vingança e isso faz com que nosso narrador continue nesse mundo perigoso.
O livro é muito bom, porém Guimarães Rosa criou palavras para representar a fala do sertanejo, o que dificultou a leitura, ao mesmo tempo, o fato de ser um livro extenso e sem divisão de capítulos, não ajuda o leitor nessa empreitada de compreender a história. 

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