A angústia me consome. Não sei de onde vem. É um fantasma me assombrando os dias e as noites. De dentro de mim, uma parte que sofre sem ver o fim. Apenas as incertezas, o desconhecido, a incógnita de meu sofrimento. A poesia, minha companheira, minha vida, aplaca a dor, não cura, me deixa num limbo onde vejo as coisas em suspenso. O sofrimento fazendo cócegas, não se sabe de onde vem. Todos os dias, me levanto cedo, entro na rotina. A algazarra, os gritos, a correria, a falta de atenção, tudo se acumulando para aumentar a depressão de mais um dia de trabalho, mais um sopro de fôlego. Desistir nunca! Sou cabeça dura demais, para nos meus sonhos voltar atrás. Sonhos que, aos poucos, pesadelos se tornaram, e uma tortura que agora faz parte da vida. Queria desistir, viver de escrita, mas e quem paga as contas? Não se come papel. As contas voam pela porta. Observação:...